O deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL-SP), tornou-se alvo de críticas e zombarias após apagar uma postagem em suas redes sociais que, inadvertidamente, destacava feitos do ex-presidente Bolsonaro (PL). A polêmica surgiu quando Boulos criticava os dados que indicavam um aumento de 96% na renda dos mais ricos (0,01% da população brasileira) entre os anos de 2017 e 2022, enquanto os mais pobres (95% da população) experimentavam um aumento de 33% no mesmo período, englobando os governos de Michel Temer e Bolsonaro.
O episódio ganhou destaque quando diversos políticos da oposição decidiram ironizar Boulos por ter deletado a publicação. A deputada federal Priscila Costa (PL-CE) expressou sua opinião, ressaltando que Boulos inadvertidamente admitiu que, durante o governo Bolsonaro, a vida dos mais pobres melhorou em 33%.
“Percebeu e deletou o post! Guilherme Boulos assume que no governo Bolsonaro a vida do pobre melhorou 33%! Já pensou se não tivéssemos tido pandemia? O Brasil tinha decolado! Enquanto isso, o resto da América Latina saiu destruída pelos seus governos socialistas no mesmo período,” declarou a deputada.
O deputado estadual Gil Diniz (PL), de São Paulo, também não perdeu a oportunidade de ironizar o pré-candidato, questionando a razão pela qual a publicação foi apagada.
“Apagou por qual motivo, Boulos? Porque sem perceber admitiu que a renda do mais pobre subiu 33% durante os quatro anos do governo do presidente Bolsonaro?”
Surpreendentemente, o ex-presidente Bolsonaro comentou a situação, agradecendo a Boulos pela “sinceridade” de expor que a distribuição de renda avançou durante sua gestão, mesmo que não fosse essa a intenção do político do PSOL, que deletou a postagem logo em seguida.
Até mesmo o Instituto Mises Brasil entrou na discussão, destacando a curiosidade do tuíte de Boulos ao admitir que tanto a renda dos mais ricos quanto a da população em geral cresceu entre 2017 e 2022, questionando a ideia de soma-zero na economia.