O Brasil foi oficialmente declarado, nesta quinta-feira (29/05), país livre da febre aftosa sem vacinação. O anúncio ocorreu durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), em Paris, consolidando uma conquista histórica para a pecuária nacional.
Presente na cerimônia, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) integrou a comitiva da CNA/Senar, ao lado do vice-presidente Gedeão Pereira, do presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, e da diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori.
“Hoje é um dia histórico para o Brasil. Essa conquista foi construída por muitas mãos ao longo dos anos. É um marco para o agro e para toda a cadeia da carne bovina brasileira”, celebrou Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, que destacou sua atuação no processo de ampliação das zonas livres sem vacinação entre 2019 e 2022.
A senadora reforçou que o reconhecimento internacional exige responsabilidade contínua. “Esse status permite acesso a mercados mais exigentes, que pagam mais pela carne brasileira. Mas manter esse padrão depende da vigilância e do trabalho conjunto de produtores, técnicos e autoridades.”
A febre aftosa, altamente contagiosa entre animais de casco fendido, como bovinos e suínos, era controlada no país com vacinação sistemática. A retirada da vacina foi conduzida com base no Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), por meio de estudos que comprovaram a ausência do vírus.
O presidente da CNA, João Martins, afirmou que a conquista é fruto de anos de esforço conjunto entre pecuaristas, entidades de classe, estados e governo federal. “Agora o Brasil pode vender carne para qualquer mercado do mundo, com reconhecimento oficial da qualidade e segurança sanitária.”
Para o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, o novo status é prova de que o país é um produtor responsável e sustentável. Gedeão Pereira, da CNA, destacou que o avanço traz ainda mais responsabilidade para o setor: “Temos que cuidar do nosso rebanho como nunca. O mercado exige qualidade, rapidez e segurança”.
O Brasil continuará investindo em ações de vigilância e controle para manter o status. A notificação rápida de casos suspeitos pelos produtores ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) será fundamental para garantir a sanidade do rebanho e a continuidade do comércio internacional.