O ex-deputado estadual Renan Barbosa Contar, o Capitão Contar (PRTB), ainda não revelou quem deve apoiar nas eleições municipais em Campo Grande. Há uma grande expectativa em torno do seu apoio, visto que seu eleitorado é forte e fiel, construído desde seu mandato como deputado estadual e fortalecido em uma intensa campanha para o governo do estado em 2022.
Mais do que a questão numérica, por ter sido muito bem votado nas duas eleições em que concorreu, Contar é considerado uma importante liderança da direita em Mato Grosso do Sul e tem forte aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conforme O Contribuinte apurou, Contar tem conversado com a senadora Tereza Cristina e Adriane Lopes, ambas do PP, e também com Rose Modesto, do União Brasil. As duas candidatas estão no páreo e podem ter o apoio do grande expoente da direita no estado.
Rose, que também disputou o governo do estado na última eleição, esteve ao lado de Contar no segundo turno, e esse apoio foi muito bem recebido. Caso fizessem uma composição Rose e Contar, poderiam surpreender e até possibilitar a liderança no primeiro turno.
Por outro lado, Adriane, com sua personalidade conservadora e aproximação com bandeiras de direita, também poderia atrair o apoio de Contar.
Se Contar entrar de fato na disputa à prefeitura municipal, seja com Adriane ou com Rose, os eleitores ganham uma boa alternativa contra a candidatura do PSDB, que caminha para uma hegemonia no estado, fortalecendo o grupo político que está no governo nos últimos três mandatos e ficaria ainda mais forte se ganhar na capital.
Capitão Contar chegou a declarar que não se candidataria nestas eleições, por estar construindo um projeto para 2026, visando o cenário nacional como senador para fortalecer a base da direita no Congresso. A decisão de apoiar uma das candidaturas municipais pode refletir no cenário futuro. Uma possível co-prefeitura, inclusive, seria muito bem-vinda, com a oportunidade de se dedicar a Campo Grande até as próximas eleições.
O que se sabe é que o ex-deputado deve comunicar sua decisão após uma nova reunião com Bolsonaro.