Nesta quarta-feira, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) executou uma operação contra o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), que se intitula como “o mais louco do Brasil”.
A operação é um desdobramento de diligências realizadas pela Polícia Federal na Prefeitura de Ivinhema no dia 22 de outubro. Em um relatório recente, a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou superfaturamento nos recursos federais destinados à compra de merenda escolar, com irregularidades que causaram um prejuízo superior a R$ 200 mil aos cofres públicos.
Além das acusações relacionadas à merenda, Juliano Ferro está sendo investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e ocultação de bens, ligando-o a uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas. O início da investigação se deu após a apreensão de uma carga de maconha, que revelou conexões entre o prefeito e indivíduos envolvidos em atividades ilegais. As autoridades estão examinando transações referentes à compra de uma casa e uma caminhonete.
Segundo informações do Gaeco, a transferência de uma Dodge Ram, avaliada em R$ 300 mil, foi feita na agência do Detran de Maracaju, em junho de 2023. “Porém, proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação”.
Na Operação Contrafação, desta quarta-feira (30) foram cumpridos oito mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar, a um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações acerca da imposição de medidas cautelares alternativas diversas da prisão.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições. Duas pessoa foram encaminhadas para a delegacia diante do flagrante por posse de arma. Uma deles, conforme apuração do Correio do Estado, seria um vereador recém-eleito e que trabalhava como uma espécie de segurança do prefeito Juliano Ferro.
Além da casa do prefeito, os promorotes do Gaeco fizeram buscas em um supermercado (Alvorada) e em uma loja de revenda de veículos, pertencente à mesma família. Desta loja eles levaram uma caminhonete semelhante à que teve a documentação adulterada, mas o Gaeco não confirmou se é o veículo que estava sendo utilizado pelo prefeito até meados de 2024.