Com foco em apurar fraudes que causaram um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas, cinco parlamentares de Mato Grosso do Sul já apoiam a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos indevidos no INSS. A proposta é encabeçada pela oposição ao governo Lula (PT) e deve ser protocolada nesta terça-feira (6).
Na Câmara dos Deputados, os quatro parlamentares sul-mato-grossenses que já haviam assinado o requerimento da CPI seguem firmes na nova estratégia da oposição com a CPMI. São eles:
Beto Pereira (PSDB)
Dr. Luiz Ovando (PP)
Marcos Pollon (PL)
Rodolfo Nogueira (PL)
Os deputados Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende (PSDB), além de Camila Jara e Vander Loubet (PT), não assinaram nenhum dos requerimentos.
No Senado, apenas Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura, deu apoio à iniciativa. Os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) ainda não assinaram o pedido.
A CPMI tem como base investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelaram fraudes cometidas por pelo menos 12 entidades. Elas teriam falsificado assinaturas de aposentados e pensionistas para aplicar descontos sindicais indevidos diretamente na folha do INSS. As irregularidades começaram ainda em 2018, no governo Michel Temer (MDB), seguiram nas gestões de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
No último dia 23 de abril, a operação resultou em seis prisões e 211 mandados de busca e apreensão em vários estados.
A expectativa da oposição é de que, com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a CPMI avance com mais força do que a proposta original apenas na Câmara.