Uma possível vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos pode trazer mudanças significativas para a economia de Campo Grande e Mato Grosso do Sul. Conhecido por suas políticas econômicas protecionistas, Trump promete tarifas mais altas para produtos estrangeiros e uma postura de prioridade ao mercado interno americano.
Esse cenário gera incertezas para o comércio global, mas também pode abrir oportunidades para a economia local.
Campo Grande, uma cidade com forte dependência do setor agropecuário e exportações de industrializados, pode enfrentar um impacto direto de um dólar valorizado. A previsão é de que, com o aumento de tarifas nos Estados Unidos, o dólar se fortaleça, o que traz vantagens e desafios.
Para exportadores, essa alta do dólar pode ser benéfica, já que aumenta a receita ao vender produtos no mercado internacional. Setores como a agricultura e a pecuária podem se beneficiar dessa valorização, ampliando suas exportações para novos mercados, especialmente se as tensões comerciais entre EUA e China se intensificarem.
Por outro lado, o aumento dos custos de importação pode pressionar a inflação no Brasil, impactando os preços de insumos e bens importados. Para Campo Grande, isso se traduz em custos mais elevados em setores que utilizam produtos importados, como máquinas e fertilizantes, muito utilizados na produção agropecuária.
O Banco Central brasileiro, então, poderia ter que elevar a taxa Selic para conter a inflação, o que encareceria o crédito para pequenos negócios e reduziria o consumo.
No entanto, há também uma perspectiva positiva no cenário de uma vitória de Trump. Aumentando as tarifas para a China, os Estados Unidos poderiam abrir espaço para produtos brasileiros, como soja, carne e celulose, itens importantes na pauta exportadora de Mato Grosso do Sul.
Assim, a economia de Campo Grande e região poderia se expandir para atender a uma demanda mais aquecida por exportações, garantindo mais renda e emprego.
Ainda, com um dólar forte, empresas de Mato Grosso do Sul que exportam industrializados poderiam expandir suas operações.
O setor de celulose e carnes, por exemplo, que já teve crescimento nos últimos anos, pode ter um impulso adicional no mercado externo. Isso pode atrair investimentos em infraestrutura logística na região e promover um ambiente econômico mais dinâmico, beneficiando diretamente a capital do estado.
Caso Trump vença, o contexto será de desafios e oportunidades para a economia de Campo Grande. Diversificar as exportações e fortalecer a relação com novos parceiros comerciais pode ser essencial para transformar um cenário de incertezas em uma fase de crescimento e desenvolvimento econômico para a região.