Nos primeiros três meses deste ano, os Correios enfrentaram um prejuízo significativo, estimado em até R$ 800 milhões, segundo o jornal Correio Braziliense. A gestão da empresa pública colocou os resultados econômico-financeiros em sigilo, dificultando a transparência sobre o rombo financeiro.
Este déficit ocorre em um momento de aumento das demandas relacionadas a compras internacionais, sugerindo que a má gestão possa ser a principal causa do resultado negativo. Segundo os gestores, o valor exato ainda está sendo calculado. No entanto, um balanço divulgado pela empresa revelou que os Correios encerraram dezembro de 2023 com um prejuízo de R$ 597 milhões, uma melhoria de 22% em relação ao resultado de 2022.
Os Correios confirmaram que as informações sobre as contas do primeiro trimestre de 2024 estão em sigilo porque o balanço ainda não foi aprovado pelo Conselho de Administração. A empresa assegurou que os dados serão publicados no site assim que aprovados. Apesar do cenário negativo, a empresa mantém uma expectativa de lucro de R$ 150 milhões para este ano.
“Historicamente, os indicadores no primeiro trimestre são mais baixos e aumentam no decorrer do ano. A empresa trabalha com a previsão de lucro na ordem de R$ 150 milhões para 2024”, afirmou a empresa. Em 2023, os dados indicam que a arrecadação com a venda de produtos e serviços aumentou em R$ 836 milhões.
Paralelamente, a atual gestão foi criticada por patrocinar eventos sem ligação clara com a visão estratégica de crescimento da empresa. Um festival cultural em São Paulo, inicialmente previsto para receber R$ 2 milhões em patrocínio, acabou recebendo R$ 6 milhões. Estas informações também foram mantidas em sigilo.