Além de ter feito um “rolê” pela Esplanada com livre acesso a integrantes dos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça, Luciane Barbosa, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, fez um discurso contra revistas vexatórias durante um evento do governo Lula: o 4º Encontro Nacional dos Comitês de Prevenção e Combate à Tortura e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura.
No evento, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos, Luciane afirmou:
“Aqui eu peço também que seja vista a situação das visitas, que nós familiares, quando vamos visitar, temos um problema muito grande com a revista vexatória.”
Ela também condenou a falta de ação do poder público para conter essas “revistas vexatórias”.
“As crianças são revistadas, baixa a fralda da criança, põe a criança no chão. É inadmissível que a pena do preso passe para o familiar. Isso é inconstitucional. Então eu peço socorro pelo estado do Amazonas e reitero pelas mesmas unidades prisionais que passam pela mesma mazela”, disse.
Investigação desencadeada pela Polícia Civil do Amazonas sobre a atuação do Comando Vermelho no estado aponta que a ONG que Luciane representava, a Associação Liberdade do Amazonas, tinha como “objetivo perpetuar a existência da facção criminosa e obter capital político para negociações com o Estado”. A ONG também foi apontada pela polícia como o braço financeiro de Clemilson Farias, seu marido, o Tio Patinhas.