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Depois de 7 meses e sem imagens, PF desiste de indiciamento em caso de Moraes no aeroporto

Após sete meses de investigação e sem a disponibilidade de imagens do incidente, a Polícia Federal (PF) encerrou o inquérito sobre a confusão envolvendo o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto de Roma, na Itália, em julho de 2023. Segundo a PF, o empresário Roberto Mantovani cometeu o crime de injúria real.

O relatório da PF, enviado ao STF na última sexta-feira (9), detalha que Mantovani se aproximou de Alexandre Barci, filho de Moraes, e “o atingiu com a mão direita, deslocando seus óculos”. A corporação classificou essa ação como injúria real, conforme previsto no artigo 140, §22, do Código Penal.

Entretanto, tanto a PF quanto o STF ainda não divulgaram a íntegra das imagens do incidente. Após o ocorrido, Moraes afirmou que seu filho foi agredido fisicamente, mas o relatório da PF concluiu pela injúria.

O relatório também destaca a ausência de áudio nas imagens do aeroporto, o que compromete a apuração dos fatos. A PF ressaltou que as filmagens não mostram terceiros hostilizando ou constrangendo o ministro Moraes, e que as movimentações correspondem a um fluxo ordinário de passageiros.

A corporação decidiu não indiciar Mantovani, sua esposa e genro, considerando o crime como de menor potencial ofensivo e ocorrido fora do país. Quatro dias após o incidente, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Mantovani, em Santa Bárbara D’Oeste (SP).