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Deputada diz ter sofrido ameaça com arma; PM nega e cita embriaguez

Na madrugada deste domingo (22), a deputada federal Camila Jara (PT) envolveu-se em uma confusão com a Polícia Militar (PM) na região central de Campo Grande. A parlamentar, que visitava estabelecimentos na Rua 14 de Julho a convite de proprietários locais, afirmou ter tido uma arma apontada para si durante a ação policial. A PM, por sua vez, nega a acusação e alega que a deputada estava “completamente embriagada” e tentou impedir o policiamento de rotina.

Segundo relatos, a confusão teve início quando a deputada teria se colocado na frente de uma viatura policial que realizava patrulhamento na Rua 14 de Julho. Os policiais afirmam que, ao descerem do veículo, foram confrontados por Camila Jara, que apresentava sinais de embriaguez. Imagens registradas no local mostram a deputada discutindo com os militares. Posteriormente, ela se dirigiu a outro estabelecimento na Avenida Calógeras, onde novamente houve desentendimento com a PM. A parlamentar alega que, nessa ocasião, um policial apontou uma arma para ela, o que é negado pela corporação.

Em nota, a Polícia Militar informou que as ações realizadas fazem parte de uma operação preventiva diária, com objetivo de coibir perturbação do sossego e poluição sonora, garantindo a ordem e tranquilidade dos moradores próximos a bares e restaurantes. A corporação destacou ainda que os proprietários de estabelecimentos na região já foram orientados sobre a necessidade de cumprir os horários e especificações dos alvarás de funcionamento.

A deputada Camila Jara tem se posicionado em defesa dos empresários da região central, criticando as operações policiais que, segundo ela, têm causado insegurança jurídica aos comerciantes. Ela argumenta que as frequentes fiscalizações prejudicam o direito ao lazer da população e o funcionamento dos estabelecimentos.

O incidente gerou repercussão nas redes sociais, com internautas debatendo a conduta da deputada e da Polícia Militar durante as abordagens. Até o momento, não há informações sobre medidas legais decorrentes do ocorrido.

Reclamações sobre abordagens

Camila criticou as fiscalizações constantes na região e questionou a exigência repetida de alvarás válidos por meses. Empresários locais também reclamaram que as ações da polícia afetam o movimento e geram insegurança jurídica.

Os episódios relatados ocorreram após reuniões entre empresários, o gabinete da deputada, o vereador Jean Ferreira (PT), o governador Eduardo Riedel (PSDB) e representantes da PM. Nessas reuniões, havia o compromisso de evitar abordagens consideradas truculentas, além de estabelecer um equilíbrio entre o funcionamento dos bares e o respeito ao sossego dos moradores.

Nota da Polícia Militar 

A Polícia Militar afirmou, em nota, que as fiscalizações são realizadas regularmente para coibir perturbação do sossego, poluição sonora e crimes contra o patrimônio. Sobre o uso de arma nas abordagens, a instituição declarou que os policiais agiram dentro da legalidade e que o uso escalonado da força faz parte dos procedimentos.

A PM reforçou que sua atuação visa garantir a ordem pública e atender denúncias feitas pelos moradores da região, além de assegurar o cumprimento das normas pelos estabelecimentos comerciais.