O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou denúncias ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra o “Bloco da Laje”, de Porto Alegre, alegando que o grupo desrespeitou a figura de Jesus Cristo durante uma apresentação pré-carnavalesca.
Na performance, um participante, representando Jesus, foi filmado despindo-se até ficar apenas com uma tanga fio-dental, enquanto os foliões entoavam uma marchinha com o refrão “vamos tirar Jesus da cruz”.
Em entrevista, Pollon afirmou que “ataques ao cristianismo sempre existiram”, mas que, desde 1º de janeiro de 2023, esses episódios se intensificaram.
Ele atribui essa escalada a um “consórcio diabólico” que, segundo ele, visa atacar Deus e a família brasileira sob a justificativa de liberdade de expressão.
O parlamentar criticou o que considera uma contradição: “Criminalizam quem se opõe a eles, mas, ao mesmo tempo em que violam nossas crenças mais sagradas, se sentem no direito de evocar a liberdade de expressão ou uma suposta manifestação artística”.
Além das denúncias, Pollon anunciou a proposta de um projeto de lei que endurece penas e impõe multas civis a quem cometer atos de ofensa à religião cristã. Ele enfatizou que o cristianismo influenciou profundamente a cultura nacional, inspirando igrejas, festividades e expressões artísticas, além de desempenhar um papel essencial em áreas como educação e assistência social.
O deputado também ressaltou o impacto do cristianismo na política, defendendo que seus valores guiam políticas públicas voltadas à dignidade humana e à proteção dos mais vulneráveis. “Eles incentivam transparência, integridade e responsabilidade social, fundamentando decisões públicas na ética e no respeito aos direitos humanos”, declarou.
Pollon acredita que as medidas propostas serão fundamentais para resguardar a fé cristã. “Nosso Senhor Jesus Cristo, como figura central da nossa religião, merece ser tratado com reverência, e o projeto de lei busca garantir que aqueles que atentam contra Sua imagem de maneira pública e ofensiva sejam responsabilizados”, justificou.
Ele defendeu que as sanções não têm apenas um caráter punitivo, mas também educativo, visando um ambiente de respeito mútuo. “O cristianismo sempre defendeu o amor, a compaixão e o perdão, mas também reconhece a importância da defesa da fé e da honra de Cristo”, disse.