Uma discussão antiga foi reacesa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a troca de nome do Estado. Deputados estaduais sugeriram a mudança de nome para Estado do Pantanal, como forma de dar identidade para o estado, que é constantemente chamado pelo nome do vizinho Mato Grosso. Agora, o tema vai ao governador Eduardo Riedel (PSDB) para sanção ou veto.
O autor do projeto, Junior Mochi (MDB), defendeu a expressão como cognome, acompanhando Mato Grosso do Sul e sem alterar a sigla. Na primeira análise, em setembro, o projeto teve voto contrário do deputado Neno Razuk (PL), que via risco de alteração no nome do estado. Ontem, quem votou contra foi João Henrique Catan, dizendo temer que a sigla do estado pudesse se tornar PT.
“Sou contrário à mudança do nome do nosso estado para Pantanal. Por isso votei contra apelidar para Estado do Pantanal, e explico: No Brasil não há confusão entre Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, assim como nos EUA não existe entre as Carolinas, a do Sul e a do Norte, e nem na Irlanda do Sul e na Irlanda do Norte”, afirma Catan e pondera. “Mato Grosso deveria ter adotado o Norte, mas eles descartaram isso no processo divisório. O nome Pantanal não é somente nosso, permaneceria sendo em grande porção do MT também, continuando assim a disputa e confusão. O governo de MS gasta uma fortuna em publicidade sem dar explicações e sem necessidade, mudar o nome certamente multiplicaria em 100X este gasto”.
O deputado bolsonarista alertou sobre o plano da bancada petista, “não duvidem da capacidade da adoção da sigla PT para o nosso estado, uma vez que isto já esteve na mesa de decisão da esquerda que governou MS e que hoje, assumidamente, governa o estado em parceria com o PSDB”, finalizou.