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Deputados querem que Flávio Dino vá à Câmara explicar ida à favela dominada pelo tráfico que nem a polícia consegue entrar

Após o episódio controverso do ministro da justiça, Flávio Dino, na segunda-feria (13), ao entrar em uma das favelas mais perigosas do estado do Rio de Janeiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta quarta-feira (15), que pretende convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a prestar esclarecimentos na Comissão de Segurança Pública da Câmara sobre a visita dele ao complexo de favelas da Maré.

“Vamos convocá-lo na Com. [Comissão de] Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!” escreveu o parlamentar no Twitter.

Eduardo ainda compartilhou um vídeo do momento da chegada de Dino ao Complexo da Maré que mostra que o ministro não teve dificuldade para entrar na comunidade. O chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública, junto de seus auxiliares, estavam em apenas duas viaturas oficiais.

“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas dois carros e sem trocar tiros” – ironizou Eduardo.

A possível convocação de Dino para prestar esclarecimento na Câmara recebeu o apoio de outros parlamentares que fazem oposição ao governo federal. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), por exemplo, afirmou que a entrada do ministro na favela sem qualquer dificuldade é algo “estarrecedor”.

“A entrada do ministro no Complexo da Maré, sem qualquer proteção policial, utilizando apenas dois veículos, sem qualquer respaldo de segurança institucional, sugere entabulação entre o governo e a facção criminosa, situação que precisa urgentemente ser esclarecida.” – afirmou.

O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) foi outro congressista a endossar a ida de Dino para se explicar à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

“O ministro entrou sem segurança em uma das comunidades mais armadas e violentas do Brasil e as pautas abordadas não foram questões como desarmamento ou recadastramento de armas. Foram discutidas, sim, as mortes ocasionadas pelas ações policiais. Por qual motivo não foi discutida a morte de policiais?” – indagou.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), por sua vez, também manifestou apoio à convocação e disse que o ministro “vai ter que explicar o nível de envolvimento que ele, o chefe dele e o PT têm com o Comando Vermelho no Rio de Janeiro”.

“Eles vão ter que explicar, porque não é possível nós tolerarmos imagens como essa.” – completou.