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Desembargadora pede vista e interrompe julgamento de Sergio Moro no TRE-PR

No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), acontece a continuação do julgamento do senador Sergio Moro (União Brasil) por abuso de poder econômico teve um momento crucial nesta terça-feira (3). Divergindo do relator Luciano Carrasco Falavinha Souza, o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade votou pela cassação do mandato de Moro, com cinco votos ainda pendentes. O julgamento gira em torno das Ações de Investigação Judicial Eleitoral movidas pela Federação Brasil da Esperança e pelo PL, questionando os recursos utilizados por Moro em sua campanha ao Senado.

“É necessário quórum completo para tal processo, dada a sua gravidade”, destacou o TRE-PR, sinalizando a importância do voto do presidente da Corte, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson. As acusações apontam que Moro se beneficiou de uma exposição e recursos desproporcionais durante a pré-campanha, alegações que a defesa contesta, chamando as provas de “frágeis” e questionando os limites de gastos na legislação eleitoral atual.

Sade argumentou que os gastos excedentes de Moro durante a pré-campanha comprometeram a equidade das eleições. “Não se trata apenas de quantificar o valor investido, mas de reconhecer o impacto desse desbalanceamento no processo eleitoral”, disse Sade, enfatizando a distorção causada pela injeção desproporcional de recursos na campanha do investigado.

Sade, em seu voto, refutou a ideia de que a notoriedade de Moro, adquirida por seu trabalho na Operação Lava Jato, dispensasse investimentos em sua campanha ao Senado. Ele também criticou a tentativa de dissociar os atos de pré-campanha realizados em outros estados do impacto eleitoral no Paraná, destacando o papel das redes sociais na propagação dessas atividades.

Contrariando Sade, o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação, argumentando que as despesas questionadas, incluindo gastos com segurança, eram justificáveis e que Moro já era uma figura pública bem conhecida antes da pré-campanha. Falavinha Souza também destacou a falta de clareza legislativa sobre os limites de gastos de pré-campanha, uma lacuna que desafia a justiça eleitoral a definir critérios mais precisos para futuras eleições.

A desembargadora Cláudia Cristina pediu vista no julgamento que pode levar a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O pedido aconteceu logo após o voto do desembargador eleitoral José Rodrigo Sade, que votou pela cassação do mandato do ex-juiz da Lava Jato.