O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta quarta-feira que seria “redundante” instalar uma CPI para investigar os atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e danificados por extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e poderia tirar o foco da reforma tributária, que ele disse ser o “principal” para o Brasil no momento.
“As investigações feitas hoje pela Polícia Federal sob a supervisão do Ministério Público e atendendo a decisões do Poder Judiciário atendem plenamente ao objetivo de investigação e de esclarecimento das autorias dos crimes perpetrados em janeiro”, disse Dino a jornalistas na chegada a um evento em São Paulo.
“Então seria uma CPI reduntante, que talvez resultasse na perda de foco em relação ao principal, sobretudo a reforma tributária que ao nosso ver hoje é estratégica para esse momento que o Brasil vive”, afirmou Dino.
O Senado Federal tem articulado uma CPI para investigar os atos de 8 de janeiro desde o mês passado.
Um pedido elaborado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil) já conta com a assinatura de 37 senadores, ultrapassando a quantidade mínima de 27 assinaturas.