A diretora do Procon em Maracaju, Camila Mioto Fagundes, é investigada pelo Ministério Público Estadual, após um consumidor denuncia-la por não realizar suas atividades para abrir um chamado. O inquérito civil investiga se Camila atua como advogada mesmo sendo responsável pelo Procon, o que seria ilegal, segundo o artigo 28, inciso III, da Lei nº 8906/93.
“No primeiro dia, a responsável não se encontrava lá… Quando voltou no outro dia, contou o problema e a atendente fez corpo mole para resolver… Semana passada, voltou lá porque o problema não tinha sido resolvido ainda e foi informada pela atendente Camila que não conseguiu chegar a uma solução, mas que ela mesma poderia resolver, em seu escritório, como advogada, só que cobrando”, diz a denúncia.
O denunciante também precisou ir ao Procon e afirma ter recebido proposta semelhante. “Nessa semana, eu mesmo fui ao PROCON e relatar um problema com telefonia, notei que a atendente (que é a Coordenadora do PROCON nomeada pelo Prefeito José Marcos Calderan (PSDB) realmente faz corpo mole pra resolver as coisas e no fim ainda fala que é advogada e pode resolver o problema se procurarmos ela no escritório ali perto da Prefeitura, mas, isso seria cobrado”, afirma.
O contribuinte chega a levantar a hipótese de existir “uma máfia de advogados” para tomar o dinheiro do cidadão, quando o problema poderia ser resolvido de forma gratuita. O promotor Daniel Pívaro Stadniky chegou a ouvir outra funcionária do Procon, que relatou problemas no atendimento. Diante das circunstâncias, abriu inquérito civil para as devidas providências.