Os ditadores da Venezuela, de Cuba e da China felicitaram Vladimir Putin pela eleição para seu terceiro mandato consecutivo na Rússia. Com o resultado da eleição de domingo 17, Putin poderá completar 18 anos seguidos à frente do governo russo.
A oposição denunciou o governo russo por não ter permitido a participação de “opositores de peso”, por falta de independência e transparência.
Nicolás Maduro, que está desde 2013 à frente da Presidência da Venezuela — e se prepara para mais uma eleição neste ano, na qual os adversários estão sendo presos e cassados — elogiou o impecável processo eleitoral e a “democracia” russa.
“Envio as minhas felicitações ao povo irmão da Rússia e ao presidente Vladimir Putin pela sua extraordinária vitória nas eleições presidenciais da Federação Russa. Foi um processo eleitoral impecável que nesses últimos três dias demonstrou de forma exemplar a sua participação democrática. Nossos abraços a todo o povo russo e ao partido Rússia Unida!”, escreveu Maduro, no Twitter.
Miguel Díaz-Canel, que assumiu o governo de Cuba há seis anos, numa eleição em que era o único candidato, também felicitou Putin. “Nossos sinceros parabéns pela reeleição do presidente Vladimir Putin. Constitui um exemplo confiável do reconhecimento do povo russo à sua gestão. Continuaremos a fortalecer os laços entre Cuba e Rússia, em setores identificados para o bem-estar do nosso povo.”
O ditador chinês, Xi Jinping, enviou um telegrama a Putin nesta segunda-feira, 18, no qual afirmou que as eleições “refletem plenamente o apoio da Rússia a Putin”. Pela agência estatal Xinhua, ele disse que, “nos últimos anos, o povo russo se uniu, superou desafios e fez progressos no sentido do seu desenvolvimento e revitalização nacional”.
“A China e a Rússia são os maiores vizinhos um do outro e também parceiros estratégicos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, nesta segunda, ao felicitar Putin. Em mais de uma ocasião, Putin e Xi disseram que pretendem construir uma nova ordem mundial que não seja encabeçada pelo Ocidente.
Enquanto os ditadores elogiam a reeleição de Putin, governantes de países ocidentais destacaram a falta de transparência e de independência nas eleições russas.
