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Doze deputados da base de Lula pedem impeachment de Dino por agendas com a ‘Dama do Tráfico’

Um grupo de 12 parlamentares filiados a partidos da base do governo Lula (PT) — União Brasil (5), PSD (1), Republicanos (3), PP (1) e MDB (2) —, responsáveis por liderar dez ministérios, surpreende ao pedir o impeachment do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Apesar de serem partidos aliados, esse conjunto político muitas vezes se alinha com a oposição, desafiando as diretrizes do Planalto.

A polêmica surge da indignação desses deputados diante da presença de Luciane Barbosa de Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, em agendas no Ministério da Justiça. Luciane, condenada a dez anos de prisão por envolvimento no tráfico, é acusada de desempenhar papel crucial na ocultação de valores. A esposa de um líder do Comando Vermelho, ela é suspeita de adquirir bens luxuosos e registrar empresas laranjas, como a Associação Liberdade do Amazonas, apontada por autoridades como uma fachada para interesses criminosos.

O grupo de parlamentares, que inclui membros de partidos opositores ao governo, destaca a gravidade de ter pessoas associadas ao crime e ao tráfico frequentando órgãos federais. Além disso, eles expressam preocupação com a possível utilização política da facção criminosa, revelando a necessidade de investigação e esclarecimento desses episódios.

Nesta segunda-feira, o jornal “O Estado de S.Paulo” expôs as agendas de Luciane Barbosa Farias no Ministério da Justiça, gerando intensa repercussão nas redes sociais. O tema tornou-se um dos mais comentados, despertando repúdio de políticos, incluindo Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sergio Moro (União Brasil-PR).

Em resposta, o ministro Flávio Dino negou ter recebido líderes de facções em seu gabinete, afirmando que a audiência mencionada não ocorreu em seu conhecimento ou presença. O secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, corroborou essa versão, esclarecendo que a solicitação de audiência partiu da ex-deputada Janira Rocha, e Luciane compareceu para discutir supostas irregularidades no sistema penitenciário.