Após o primeiro ano do terceiro mandato de Lula (PT), a Petrobras encerrou 2023 com lucro de R$ 124,6 bilhões, valor 33,8% inferior a 2022. No último ano do governo Bolsonaro, a empresa havia registrado um lucro inédito de R$ 188,3 bilhões, um salto de 76,6% em relação a 2021, acompanhado de um anúncio de dividendos de R$ 215,7 bilhões para seus acionistas.
Em contrapartida, 2023 viu uma diminuição acentuada no pagamento de dividendos, que caiu para R$ 72,4 bilhões, refletindo uma nova estratégia da empresa de privilegiar investimentos em detrimento de pagamentos elevados aos acionistas. Esta mudança desapontou os investidores, especialmente diante da expectativa de dividendos extras entre US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões.
A União, detentora de 36,6% do capital da Petrobras, teve uma participação de R$ 26,5 bilhões nos lucros de 2023, uma redução significativa em relação ao ano anterior. A nova política de dividendos da empresa, agora prevendo proventos na ordem de 45% do fluxo de caixa livre, reflete a orientação da gestão para um foco de longo prazo, contrastando com a prática anterior de maximizar pagamentos aos acionistas.