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Em 2024, pobres enfrentaram inflação maior que os ricos sob Lula

Nos últimos anos, a economia brasileira tem mostrado um cenário de inflação que afeta de forma desigual as diferentes faixas de renda da população. O atual governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta desafios consideráveis em relação ao controle dos preços e melhoria das condições de vida da população de baixa renda. Dados recentes do IBGE e Ipea indicam que a inflação tem impactado mais severamente as famílias de menor poder aquisitivo em comparação às mais ricas.

Em 2024, a inflação média nacional sofreu um aumento de 4,62% para 4,83%, conforme levantamento de instituições econômicas. Entretanto, essa variação não foi homogênea entre as distintas camadas sociais. Para as famílias de renda elevada, a inflação foi de 4,43%, enquanto aquelas de renda baixa enfrentaram uma taxa de 5,02%. Esta disparidade se deve, em parte, às diferentes cestas de consumo adotadas por essas famílias.

Como a Inflação Afeta as Famílias de Forma Diferente?

Segundo informações do Poder 360, a inflação é sentida de maneira distinta em cada segmento da sociedade, muito em virtude dos diferentes produtos e serviços que compõem o orçamento familiar de cada classe social. Para as famílias de renda muito baixa, por exemplo, itens básicos como alimentos, energia elétrica e transporte público têm grande peso no orçamento e na percepção da inflação.

Por outro lado, as famílias com rendas mais altas são mais afetadas por produtos e serviços menos básicos, como passagens aéreas, planos de saúde e combustíveis. Esse fenômeno reflete diretamente no índice geral de inflação para cada faixa, visto que a alta nos preços dos alimentos e bebidas elevou a inflação em 2,29 pontos percentuais para famílias de baixa renda, enquanto que o impacto foi de apenas 0,94 ponto percentual para as de alta renda.

Quais Medidas o Governo Pretende Adotar?

O governo de Lula tem tido dificuldades em controlar a inflação e, consequentemente, em manter a economia equilibrada, especialmente no que diz respeito às promessas de melhorar o poder de compra dos brasileiros. A crítica situação econômica levou a administração a considerar novas medidas para diminuir os preços dos alimentos.

Entre as medidas em análise estão o aumento dos subsídios ao Plano Safra, conforme mencionado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Além disso, o governo busca alternativas para não sobrecarregar o já pressionado orçamento, conforme afirmações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Por que a Taxa Selic é Importante no Controle da Inflação?

A taxa básica de juros, Selic, é um instrumento crucial na estratégia de controle inflacionário do Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) planeja aumentar a taxa para 13,25%, uma decisão que visa moderar o impacto inflacionário e tentar restabelecer o equilíbrio no poder de compra da população.

Um aumento na Selic tem como objetivo desestimular o consumo e incentivar a poupança, o que pode, em teoria, baixar a pressão inflacionária ao reduzir a demanda. Entretanto, essa política tem efeitos colaterais, como encarecer o crédito e potencialmente frear o crescimento econômico, questões que serão cruciais para o governo abordar enquanto busca soluções de longo prazo para a inflação desigual.

O controle da inflação e a redução das desigualdades continuam sendo objetivos centrais para o governo. Medidas que reduzam os impactos nos setores mais vulneráveis, sem comprometer o equilíbrio fiscal, são essenciais para uma melhora na percepção econômica da população.