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Em meio à crise da saúde, Nísia faz mais demissões

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, mandou embora Carmem Pankararu, diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena, na terça-feira 26. A demissão ocorreu pouco mais de uma semana depois de Nísia dispensar Alexandre Telles do Departamento de Gestão Hospitalar, após reunião ministerial.

Os cortes se deram em meio à crise que vive a saúde brasileira. Conforme os dados mais recentes do governo, ontem o Brasil registrou 55.115 novos casos de dengue em um dia. Ao todo, são 2.321.050 infecções. As mortes chegam a 831.

Além disso, sob Lula, a Terra Yanomami teve 363 mortes em 2023, contra 343 em 2022, portanto, aumento em comparação ao governo Bolsonaro.

Também a hanseníase está desassistida. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o ministério tem deixado faltarem medicamentos para tratar a doença.

Nísia Trindade chora durante reunião

Em uma reunião ministerial, o presidente Lula cobrou Nísia. A ministra da Saúde chorou e precisou ser amparada pela primeira-dama Janja.

Ao presidente, Nísia reconheceu os problemas, mas justificou que há dificuldades em dialogar com o centrão, disse que desconhecia o documento em prol da interrupção da gravidez, explicou que a morte dos ianomâmis era subnotificada no governo Bolsonaro e que pretende fazer mudanças no gabinete, por causa da crise sanitária no Rio de Janeiro.