“Infundada”. É assim que o vereador Claudinho Serra (PSDB), define a denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) contra ele, já recebida pela Justiça. Segundo as investigações, Serra é apontado como líder da organização criminosa, conforme a denuncia do MPMS, o grupo criminoso fraudava licitações na Prefeitura de Sidrolândia, chegando a R$ 15 milhões de desvios.
Veja a nota do vereador:
“O vereador Claudinho Serra segue firme em seu mandato e jamais renunciaria ao cargo em decorrência de acusações infundadas. Acreditamos na vontade popular, que é independente e soberana, e deve ser sempre respeitada. Confiamos plenamente na Justiça e nos poderes constituídos pelo Estado Democrático de Direito”.
Na noite desta terça-feira, 23, O Contribuinte publicou em primeira mão que o vereador irá renunciar ao cargo nesta semana, como parte da estratégia da defesa, que tenta a revogação da prisão preventiva.
Caso não renuncie o mandato, Serra será afastado da Câmara Municipal de Campo Grande se faltar por 10 sessões. Preso em 3 de abril durante a terceira fase da Operação Tromper, Serra esteve ausente nas últimas 6 sessões.
MPMS cita “risco à sociedade” e dá parecer contra liberdade de Claudinho Serra
A procuradora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 22ª Procuradoria de Justiça Criminal de Mato Grosso do Sul, emitiu parecer contra o habeas corpus que pede a soltura do vereador.
“A liberdade do paciente ofende a garantia da ordem pública, a ordem econômica, com risco concreto de reiteração delitiva em crimes contra a administração pública, enquanto integrante de organização criminosa com diversos comparsas envolvidos, agentes públicos e privados.
Na dia 9 de abril , o desembargador José Ale Ahmad Neto negou o pedido de liberdade do vereador. Agora o colegiado da 2º Câmara Criminal vai analisar o pedido de habeas corpus.
Carlão pediu ao TRE-MS nome de suplente para eventual convocação
A Câmara de Vereadores de Campo Grande consultou o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) sobre qual suplente poderá assumir a cadeira do vereador Claudinho Serra.
O presidente da Câmara de Vereadores, Carlão Borges (PSB), disse que protocolou ofício no TRE-MS, na segunda-feira (22), para consultar quem seria o suplente do vereador tucano, mas ainda não teve resposta.
Vereadores de Sidrolândia aprovam Comissão Processante contra sogra de Claudinho
A Câmara Municipal de Sidrolândia instaurou Comissão Processante para investigar a prefeita Vanda Camilo (PP). O requerimento partiu do vereador Enelvo Júmior (PSDB) e tem como base a investigação da Operação Tromper. A votação ficou em 12 a 1 e ocorreu durante sessão ordinária desta terça-feira (23).
Conforme o requerente, embora Vanda não esteja entre os réus, os contratos e os funcionários citados na apuração do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) faziam parta da gestão da chefe do Executivo, portanto a abertura da Processante é justificada.
Sérgio de Paula tem nome citado em anotações apreendidas na casa de Claudinho
Sérgio de Paula, ex-secretário da Casa Civil e braço do direito do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e atual secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas de Mato Grosso do Sul no Distrito Federal, teve seu nome associado a anotações encontradas durante a terceira fase da Operação Tromper, deflagrada em 3 de abril.
Operação que visa combater suposto esquema de corrupção em Sidrolândia, resultou na prisão de políticos, empresários e servidores públicos, incluindo o vereador Claudinho Serra (PSDB).
Após investigação conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), diversos cadernos e agendas com anotações foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão.
Claudinho Serra, que também ocupou o cargo de chefe de gabinete de Sérgio de Paula na Casa Civil do Governo de MS, foi apontado como líder da organização criminosa e já se tornou réu.
Embora Sérgio de Paula não seja alvo direto das investigações até o momento, seu nome foi encontrado em uma das páginas dos cadernos apreendidos, associado a documentos relativos a obras em Aquidauana e Sidrolândia, além de valores. As anotações também mencionam o nome “Claudinho”, acompanhado do valor “500.000,00”, embora não esteja claro se refere-se ao vereador.
Além disso, a empresa AR Pavimentação e Sinalização Ltda, cujo proprietário, Edmilson Rosa, é réu na ação, foi mencionada nas investigações. A empresa é acusada de participar de licitações fraudulentas promovidas pelo grupo criminoso liderado por Claudinho Serra, conforme denúncia do MPMS.