Discutir os critérios para credenciamento de comunidades terapêuticas no SUS (Sistema Único de Saúde) foi o assunto da reunião da Frente Paramentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, proposta pelo deputado Pedrossian Neto (PSD).
“Todo cidadão que vê essa situação se assusta com o nível de dependência química que existe”, aponta o parlamentar. Ao propor o colegiado, anteriormente, Pedrossian Neto citou que a situação é problema comum de diversas famílias, que acabam sofrendo junto dos que possuem dependência.
Para contribuir com o debate, o coordenador da Rede de Atenção Psicossocial da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Éverton Stringheta Junior, reforçou que o tratamento de pessoas com dependência é multidisciplinar e o trabalho precisa ser singular.
“Não vamos falar só da necessidade de psicólogo e psiquiatra, é importante o saber espiritual. Temos [Raps e comunidades terapêuticas] várias coisas que vão de encontros, mas precisamos pensar e resolver os desencontros”.
A Frente Parlamentar liderada pelo deputado Pedrossian Neto também convidou a defensora pública de Mato Grosso do Sul Eni Diniz. Para ela, as comunidades terapêuticas precisam “abrir as portas” para a saúde, para entregar um bom trabalho.
“Como podemos pegar uma pessoa desorganizada [com dependência] e dizer que ela precisa entrar na caixinha e que vai ficar bem?”, questiona. A defensora afirma que é necessário plano individual de atendimento.
Hoje, acrescenta, as comunidades terapêuticas estão na informalidade e que é necessária a capacitação e desenvolvimento como preconiza o tratamento humanizado.
Completando a mesa de autoridades, a diretora-adjunta da Subsecretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Campo Grande, Bárbara Mesquita, comentou sobre o trabalho que oferta 100 vagas nas comunidades terapêuticas.
“Nós conseguimos trazer os setores pra criar um trabalho que desse resultado que não havia. Criamos no comitê, a junção de saberes vai colaborar o resultado, que é atender a pessoa que está desguarnecida”.
*Próximos passos*
O próximo passo será visitar uma das comunidades terapêuticas para analisar a situação e, desta forma, construir um projeto piloto com os critérios necessários para credenciamento dos grupos.