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Estatais devem fechar ano com rombo de quase R$ 6 bi; Tesouro pode ter que bancar déficit

Estimativa da LDO permitia saldo negativo de até R$ 3 bilhões, mas governo atualizou números

As estatais brasileiras enfrentam a iminência de encerrar o ano com um déficit financeiro alarmante, estimado em quase R$ 6 bilhões, revelam dados do recente Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, divulgado pelo Executivo nesta semana. Essa situação preocupante sinaliza a possibilidade de o Tesouro Nacional intervir para cobrir esse déficit, algo que não ocorre há oito anos.

Contrariando as projeções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que prevê um déficit de até R$ 3 bilhões para as estatais em 2023, o último relatório do governo federal atualizou esses números para um rombo muito superior ao previsto. Esse descompasso nas contas das empresas estatais levanta questionamentos sobre a gestão financeira dessas instituições.

Dentre as estatísticas afetadas por esse cenário crítico, destaca-se a Dataprev, com previsão de perdas na ordem de quase R$ 200 milhões; os Correios, que enfrentam um rombo estimado em cerca de R$ 600 milhões; as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), com um déficit de R$ 300 milhões; e a Emgepron, que figura como a mais afetada, apresentando um expressivo saldo negativo de R$ 3 bilhões.

A possibilidade de intervenção do Tesouro Nacional para cobrir esse déficit acende um alerta sobre a saúde financeira desses estatais e levanta questões sobre a eficácia das políticas de gestão empregadas. A situação requer atenção, não apenas para equilibrar as contas, mas também para evitar possíveis impactos negativos na economia nacional.