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Filho de ex-deputado é condenado a 31 anos por tráfico de drogas e pode perder oito imóveis

A Justiça Federal condenou cinco pessoas presas na Operação Urano, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2021. O engenheiro agrônomo e corretor de imóveis, Ariel Nogueira Rodrigues, apontado como chefe da organização criminosa, foi condenado a 31 anos e um mês de prisão. Além disso, ele teve oito imóveis sequestrados, que podem ser tomados pela União.

Rodrigues é filho do ex-deputado estadual, ex-prefeito e atual vereador de Amambai, Anilson Rodrigues (PSDB), conhecido como Anilson Prego. Esta não é a primeira vez que ele é condenado por tráfico de drogas. Ao ser preso pela segunda vez na Capital, ele estava no regime semiaberto.

A sentença do juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, foi publicada na segunda-feira (22). Em despacho publicado nesta quarta-feira (24), o magistrado corrigiu a sentença de Ariel, que ficou em 31 anos e um mês. Preso, ele não poderá recorrer em liberdade.

A esposa, Aline da Silva Machado, foi condenada a cinco anos no semiaberto. O magistrado substituiu a pena privativa de liberdade pelo recolhimento noturno e nos finais de semana até os filhos completarem 12 anos.

O motorista Nilson Gomes da Vieira foi condenado a 14 anos e um mês. A sua esposa, Cristina Meireles, foi condenada a três anos e seis meses no aberto. Ela teve a pena substituída. Já Giovani dos Santos Moreno, dono de uma auto elétrica na Capital foi condenado a seis anos e seis meses no semiaberto.

A suposta organização criminosa de Rodrigues foi apontada pela Polícia Federal como responsável por uma carga de 220 quilos de maconha apreendida em Naviraí. O caminhão estava em nome de Moreno, mas teria sido adquirido por Nilson Gomes.

No entanto, conforme a denúncia, o chefe da organização fez a compra do caminhão, rastreava o veículo e tinha cópias dos documentos e da CNH do motorista flagrado com a droga.

Nilson tinha vida simples, apesar de ter movimentado R$ 1,2 milhão nas contas bancárias. O mesmo valor entrou e saiu das contas, conforme a investigação feita pela PF com base na quebra do sigilo bancário.

Nilson foi condenado por ocultação e lavagem de dinheiro. As casas em Curitiba estavam em nome do pai do sobrinho, mas a locação era negociada pela sua esposa, Aline. Os alugueis eram pagos na conta do filho do casal.

O apartamento comprado na Capital estava em nome da antiga proprietária, de acordo com o MPF, para esconder a propriedade do imóvel. Ele chegou a comprar um apartamento em cidade turística do Rio Grande do Norte, mas o vendeu antes da operação ser deflagrada com aval da Justiça.

Com informações O Jacaré