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Financial Times critica decisão de Toffoli de investigar organização anticorrupção

O jornal inglês Financial Times questionou a polêmica decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de ordenar uma investigação da ONG Transparência Internacional no contexto da Operação Lava Jato.

Segundo informações obtidas pela Gazeta do Povo, o despacho de Toffoli, que está sob sigilo, aponta que a ONG seria responsável por administrar uma quantia significativa de R$ 2,3 bilhões destinados a “investimentos sociais”, sem a devida supervisão dos órgãos de fiscalização e controle do estado.

O Financial Times destacou que essa medida é apenas o mais recente movimento do ministro Toffoli, que nos últimos meses tem buscado desfazer o legado da extensa investigação da Lava Jato, uma operação que durou sete anos e revelou uma cultura de suborno no Brasil.

O jornal também relembrou que, no mês anterior, Toffoli suspendeu temporariamente a multa de R$ 10,3 bilhões imposta à J&F como parte do acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal, dentro do escopo da Operação Greenfield. Essa liminar foi autorizada pelo magistrado em meio a um litígio envolvendo uma das empresas do grupo, com a participação da advogada Roberta Rangel, sua esposa.

A decisão de Toffoli de mirar a Transparência Internacional vem à tona dias após a divulgação de um relatório da ONG que revelou uma queda de dez posições do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023. O relatório apontou para diversos aspectos, incluindo a degradação das instituições, nomeações controversas para cargos-chave e questões relacionadas ao fundo eleitoral.

Enquanto isso, a militância petista reagiu ao índice atacando a ONG, apesar de, no passado, ter utilizado o mesmo índice para criticar governos de opositores.