O Fundo Amazônia, mecanismo criado pelo governo federal para financiar ações de preservação e combate a crimes ambientais no bioma, investiu apenas 11% dos R$ 634 milhões recebidos em 2024, somando R$ 73 milhões. As informações foram obtidas pelo g1 com base nos dados de transparência do fundo.
Em 2024, o Fundo Amazônia recebeu R$ 634 milhões, mas apenas 11% foram destinados a projetos.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem como objetivo financiar iniciativas que reduzam as emissões resultantes da degradação florestal e do desmatamento. No entanto, o fundo ficou paralisado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e só foi reativado no ano passado, após o anúncio do presidente Lula (PT) e a confirmação da retomada das contribuições da Noruega.
O baixo nível de investimento é preocupante, especialmente diante de um momento crítico para o Brasil, que enfrenta recordes de queimadas e a maior seca em 44 anos. Quando questionado pelo g1, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela gestão dos recursos, não detalhou os motivos da baixa execução dos investimentos.
Em nota, o BNDES explicou que as doações ao Fundo Amazônia “não são destinadas a projetos específicos”, e que os valores recebidos integram o fundo, sendo liberados para os projetos aprovados de acordo com o cronograma de execução, em parcelas.
