A fusão entre o PSDB e o Podemos, oficializada na manhã desta quinta-feira, 5, já provoca movimentações profundas nos bastidores da política sul-mato-grossense. Um dos efeitos mais emblemáticos desse novo arranjo partidário é a saída de cena de Sérgio de Paula, histórico dirigente tucano e braço direito do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Considerado um dos principais articuladores do PSDB no estado, Sérgio ocupou cargos estratégicos durante toda a era Azambuja, influenciando diretamente decisões políticas e coordenando campanhas eleitorais. Com a união das duas siglas, no entanto, o espaço de manobra para antigos caciques do ninho tucano ficou consideravelmente reduzido.
Apesar de ainda contar com forte influência nos bastidores e manter relações com lideranças regionais, Sérgio não terá mais cargo formal na nova estrutura do partido, algo inédito desde que Reinaldo Azambuja assumiu protagonismo político no estado em 2014.
Aliados próximos de Sérgio avaliam que o afastamento não é definitivo e que ele pode buscar alternativas em outras legendas ou mesmo nos bastidores do próprio grupo político. Entre os caminhos ventilados, ganha força a possibilidade de uma migração para o PL, legenda que se apresenta como alternativa viável e que pode ser o destino de Reinaldo Azambuja. Caso a mudança se concretize, Sérgio de Paula deve acompanhá-lo.