O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), apreendeu, nesta 4ª feira (29), durante a Operação Turn Off, cédulas de dinheiro em dólares, euros e reais que somam R$ 244.103,45 (convertidos em cotações de hoje).
De acordo com os investigadores, as cédulas de moedas estrangeiras e brasileira foram encontradas na casa dos investigados. Em documento oficial o MP especifica:
A imagem divulgada mostra US$ 32.755, o equivalente a R$ 160.171,95 na cotação atual, além de € 4.950, o equivalente a R$ 26.581,50, e R$ 57.350 em notas de R$ 200, R$ 100, R$ 50 e R$ 20.
Ao todo, a Operação Turn Off realizou 8 prisões preventivas e 35 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.
Além dos servidores do Governo do Estado, a operação prendeu os empresários: Sergio Duarte Coutinho Júnior, dono da Maiorca Soluções, uma das empresas acusadas de levar contratos fraudulentos com pagamento de propina; e Victor Leite de Andrade, ligado a Isomed Diagnósticos, outra empresa acusada de levar licitações milionárias fraudulentas.
O 8º preso pela Turn Off foi o coordenador técnico do Centro Especializado de Reabilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande (Apae), Paulo Henrique Muleta Andrade.
Governo de MS afirma que contratos sob investigação foram firmados em “anos anteriores”
“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que os servidores sob investigação, no âmbito da operação do Gaeco/Gecoc, realizada na manhã de hoje, quarta-feira (29), resultante de inquérito sobre contratos firmados em anos anteriores, serão imediatamente afastados de suas funções.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que a medida visa garantir total transparência sobre contratos e procedimentos adotados pela gestão pública.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul esclarece ainda que a operação não se estendeu a órgãos do Governo do Estado e que a Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral acompanharão as novas etapas da investigação”.
Assessor de Geraldo Resende é um dos presos na Turn Off
O assessor parlamentar Thiago Hario Mishima, lotado no gabinete do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), foi preso nesta quarta-feira (29) durante a Operação Turn Off, realizada pela GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Batalhão de Choque). A operação mira esquema milionário de desvio de dinheiro dos cofres públicos.
Mishima, como é conhecido, ocupou cargos de alto escalão no governo Reinaldo Azambuja (PSDB), entre 2015 e 2021, chegando a receber R$ 21.585,73. Já como assessor de Resende, recebia R$ 10.210,08.
Em resposta a redação do O Contribuinte, o deputado Geraldo Resende disse ter solicitado que o assessor parlamentar se afaste de suas atividades até o desdobramento das investigações.
“Preciso tomar decisão, vou pedir para ele se afastar”, disse o deputado.
“Preciso conhecer o processo de investigação, nesse intervalo de tempo vou afastar o servidor do hall de assessores”, completou.
Nome
Turn Off, termo que dá nome à operação, traduz-se da língua inglesa como ‘desligar’, foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas do grupo criminoso investigado.