Após as polêmicas envolvendo o nome do pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), a defesa do ex-prefeito de Campo Grande realizou uma coletiva nesta tarde (26). As advogadas Andrea Flores e Rejane Alves Arruda afirmaram que o político, denunciado por assédio sexual, é vítima de uma armação “vergonhosamente política” e que uma cafetina arregimenta garotas de programa para denunciá-lo.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (26), a dupla anunciou um canal, por meio do telefone (67) 9 9968-5685, para acolher essas mulheres, definidas como pessoas aliciadas e amedrontadas. “Conte que foi cooptada, que ofereceram tanto e vamos colaborar no que for preciso”, diz Rejane.
Também foi informado na coletiva que uma jovem recebeu dinheiro para fazer denúncias de crimes sexuais contra o ex-prefeito. Inclusive, com registro de documento em cartório. A jovem diz que acabou sendo levada à DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) por outras três garotas de programa, que também teriam recebido dinheiro para registrar as queixas contra o candidato a governador do PSD.
A expectativa da defesa é terminar o caso em uma reviravolta, com arquivamento das denúncias de crime sexual e condenação dos envolvidos por denunciação caluniosa, violação de sigilo e abuso de autoridade.
Ainda de acordo com as advogadas, outras pessoas foram denunciadas, mas só houve vazamento do nome do pré-candidato.
Justiça nega medidas protetivas e quebra de sigilo
Após a abertura do inquérito, a Justiça negou medidas protetivas para as denunciantes, além da apreensão do celular e quebra de sigilo telefônico de Marquinhos.
As medidas protetivas foram negadas pela juíza Jacqueline Machado (3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), enquanto as demais foram indeferidas pela juíza Eucélia Moreira Cassal (3ª Vara Criminal).