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Gilmar Mendes ameaça o Congresso após aprovação da PEC que limita poderes do STF

Decisões individuais de ministros são alvo da PEC que recebe críticas também do presidente do STF, Luís Roberto Barroso

Na quinta-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expressou críticas contundentes à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir os poderes da Corte pelo Senado.

A PEC, que abrange diversas medidas, proíbe decisões individuais de ministros que possam suspender a eficácia de leis ou atos dos presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Congresso.

Mendes destacou a peculiaridade da prioridade dada à matéria, classificando-a como “estranha” e até “cômica”. Em suas palavras, o STF não tolera intimidações, enfatizando a necessidade de altivez para repelir esse tipo de ameaça. O ministro reforçou a convicção de que a Casa não é composta por covardes ou medrosos.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, também se manifestou contra a aprovação da PEC pelos senadores. Ele argumentou que não se deve sacrificar instituições em prol de conveniências políticas, especialmente em um momento em que o Supremo Tribunal Federal é alvo de propostas de mudanças legislativas que, na visão da Corte, carecem de necessidade e não contribuem para a institucionalidade do país.