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Gilmar rechaça anistia pelo 8/1 e propõe ‘Comissão da Verdade’ para Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rechaçou a possibilidade de anistiar presos pelo 8 de janeiro, nesta segunda-feira, 11.

“Não é caso de se falar nisso, quando essas pessoas estão começando a cumprir pena”, disse Mendes, em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews. “O que me parece é que muitos imputam ao ex-presidente uma falta de solidariedade. Ele jogou essa gente na fogueira e foi para Miami. Parece-me que a anistia foi o tipo de mensagem para movimentar o establishment político para ter uma bandeira de anistia não para os autores intelectuais, mas para aqueles pequenos que foram envolvidos nisso.”

Conforme o decano no STF, “não tem cabimento anistia em relação a isso, são crimes extremamente graves”.

Gilmar Mendes quer “Comissão da Verdade”

Em vez de uma anistia, Mendes disse que o país precisa de uma “Comissão da Verdade” da Lava Jato. Isso porque, de acordo com o juiz do STF, há “coisas nebulosas” por trás do acordo de leniência firmado entre a operação e a J&F. “Há muitos escombros sobre o que se passou”, observou Mendes.