O governo Lula (PT) decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, uma das principais bandeiras na área de educação da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na segunda-feira (10), ofícios informando a decisão conjunta dos ministérios da Educação e da Defesa passaram a ser entregues aos Estados.
Segundo o Ministério da Educação, há 216 unidades em todo o Brasil e cerca de 192 mil alunos atendidos. Em Mato Grosso do Sul são nove unidades. Em Campo Grande: a E.E. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), E.E. Marçal de Souza, E.M. Governador Harry Amorim Costa; em Corumbá, E.M. José de Souza Damy; em Anastácio, a E.E. Maria Corrêa Dias; em Maracaju, a E.E. Cel. Lima de Figueiredo; em Jardim, E.M. Major Alberto Rodrigues da Costa; em Porto Murtinho, E.M. Cláudio de Oliveira Amadeus Santos e Silva; e em Costa Rica, a E.M. Prof. Adenocre Alexandre de Morais.
Em 2022, a escola Prof. Tito foi destaque nacional recebendo o título de melhor escola Cívico-Militar do Brasil na avaliação do Ministério da Educação.
A implementação desse modelo consiste em alocar oficiais e praças das polícias militares e dos corpos de bombeiros e membros inativos das Forças Armadas nas instituições de ensino, a fim de atuarem como suporte à comunidade escolar, sob a liderança da diretoria da instituição de ensino.
Grande defensor das escolas cívico-militares em Mato Grosso do Sul, o ex-deputado Capitão Contar, que foi autor de projeto de lei sobre o modelo, criticou Lula: “É uma covardia destruir algo que está dando certo e que os mais beneficiados são as crianças. Um projeto que visa a excelência do ensino, que trouxe resultados positivos para a comunidade escolar, reduziu faltas e evasão, reduziu os índices de violência e sempre primou pela qualidade e valorização do tempo em aula”.
Apoiadores das escolas cívico-militares criticaram a decisão do governo petista e consideraram que seria revanchismo contra Bolsonaro. Capitão Contar classificou como mais um retrocesso: “Uma vergonha que Lula destrua um projeto de conquistas tão positivas, ignorando os resultados e potencial das escolas cívico-militares. É por conta desses retrocessos que não podemos nos desmobilizar jamais. Vamos lutar para reconstruir o Brasil”.