O governo do presidente Lula (PT), desencadeou uma série de iniciativas publicitárias entre os dias 11 e 17 de dezembro, buscando se aproximar do público evangélico e reverter índices de rejeição. Com um gasto total de R$ 473.426 para impulsionar 107 anúncios nas redes sociais, a estratégia incluiu a participação de figuras do cenário gospel e uma abordagem de linguagem e situações relacionadas à vivência religiosa.
A campanha “O Brasil é um só povo” é uma das frentes desta estratégia, destacando-se pela inserção de momentos que parecem ter sido pensados para atrair a atenção do público evangélico. No vídeo promocional do Novo PAC, por exemplo, uma cena ambientada em uma pequena cidade do interior apresenta uma mulher expressando gratidão com um “Graça alcançada, Senhor!” ao receber a notícia de que o pai de sua neta conseguiu emprego em uma obra do governo federal.
O jingle “O Brasil é um só povo” conta com a participação do pastor e cantor Kleber Lucas, ao lado de outros artistas como Manno Góes, Lellê, Sandra de Sá e Jorge Vercillo, que narra um trecho da mensagem do governo. No vídeo relacionado ao Bolsa Família, a narrativa destaca a solidariedade entre beneficiárias, com a expressão “Glória a Deus” sendo enfatizada como uma conexão com o público evangélico.
A escolha de Kleber Lucas como um dos intérpretes da campanha despertou questionamentos sobre a eficácia da inclusão de figuras que, apesar de sua trajetória no cenário gospel, já enfrentaram rejeição de parte do público evangélico ao manifestarem apoio ao atual presidente e receberem prêmios controversos.
O governo que tenta se aproximar dos evangélicos é o mesmo liderado por Lula que diz ter orgulho de ter um ministro comunista no STF.
