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Governo Lula transforma vinda do ditador Maduro para cúpula em visita de chefe de Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai oferecer ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, uma recepção oferecida a poucos chefes de Estado que vieram ao Brasil desde a sua posse, em 1º de janeiro.

Nesta segunda-feira (29), o petista realizará três agendas com o líder venezuelano, além de oferecer um almoço para Maduro e sua mulher, Cilia Flores de Maduro, no Palácio do Itamaraty.

Visitas de chefes de Estado em geral são anunciadas com antecedência, mas os eventos com o ditador só foram divulgados na manhã do dia em que serão realizados. O governo brasileiro avisou na sexta (26), por exemplo, a visita do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que ocorrerá na quarta (31) e na quinta (2).

O petista terá uma reunião privada com o ditador no Palácio do Planalto, às 10h30. Uma hora depois, haverá um encontro ampliado com o venezuelano, o que indica que assessores, e possivelmente ministros, também participarão. Na sequência, ocorrerá uma cerimônia para assinatura de atos e, às 13h30, um almoço para Maduro e sua mulher no Palácio do Itamaraty, sede da chancelaria brasileira.

Segundo o governo, a reunião entre os dois líderes servirá para repassar o processo de normalização da relação entre os países, retomada após a posse de Lula, com a reabertura de embaixadas e consulados. O novo embaixador venezuelano, Manuel Vicente Vadell Aquino, já apresentou as credenciais em Brasília.

“Será ocasião, também, para que os presidentes conversem a respeito dos processos de diálogo interno na Venezuela, com vistas à realização das eleições de 2024”, disse o Planalto em comunicado.

O governo também afirmou que serão discutidos outros temas para melhorar o diálogo entre Brasil e Venezuela, incluindo a recente missão a Caracas organizada pela Agência Brasileira de Cooperação, que contou com representantes de mais de 20 órgãos brasileiros. Também deve estar no foco das conversas temas fronteiriços, com destaque para a população que vive nessas regiões, como os ianomâmis.

“O comércio bilateral alcançou cerca de US$ 1,7 bilhão [R$ 8,49 bilhões] em 2022, com exportações brasileiras de US$ 1,3 bilhão [R$ 6,49 bilhões] e importações de quase US$ 400 milhões [R$ 1,9 bilhão]. O intercâmbio entre os países chegou a alcançar US$ 6 bilhões [R$ 29,9 bilhões] em 2013, o que demonstra o potencial da relação e enseja o aprofundamento do diálogo para a retomada das parcerias econômicas, da complementaridade de cadeias produtivas e da remoção de obstáculos ao comércio”, conclui a nota.