O presidente da Argentina, Milei, anunciou a extinção de 7 mil cargos públicos através de um decreto presidencial. Cumprindo uma promessa feita durante sua campanha eleitoral em 2023, o governo argentino tem tomado medidas drásticas para reduzir os gastos públicos e implementar uma série de reformas econômicas.
O decreto presidencial proíbe a renovação de contratações realizadas em 2023. A medida está em consonância com a política de austeridade do governo, que visa enxugar a máquina estatal argentina e conduzir uma auditoria abrangente sobre o funcionalismo público do país.
Além do corte de cargos, o governo Milei está considerando a implementação de um congelamento salarial e uma redução de até 15% na remuneração para a elite do funcionalismo público. Essas ações fazem parte de um esforço mais amplo para revitalizar a economia do país, que enfrenta uma inflação alarmante de 142,7% e um índice de pobreza superior a 40%.
O presidente Milei, economista de formação, apelidado de “A Motosserra” devido à sua postura liberal, delineou um plano de ação ambicioso ao assumir o cargo. Sua proposta inclui desregulamentação da economia e reformas fiscais profundas para estabelecer “as bases para a reconstrução da economia argentina e restaurar a liberdade e autonomia dos indivíduos, removendo o Estado de seus ombros”.
A desregulamentação inclui a revogação da lei de aluguéis e dos regulamentos que impedem a privatização de empresas públicas.
Milei, que adotou a motosserra como símbolo de sua campanha eleitoral, representa uma ruptura significativa com o intervencionismo estatal que marcou as políticas anteriores da Argentina, notadamente as décadas de peronismo e dirigismo estatal na economia. O presidente libertário acredita que as medidas drásticas são necessárias para tirar a Argentina da crise, mesmo alertando que a situação econômica do país pode piorar antes de melhorar. Em suas palavras, “há luz no fim do túnel”, expressando otimismo em relação ao futuro do país sob sua liderança.