Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (19), o governo de Javier Milei, que completa cem dias no cargo, revelou o encerramento de mais dois órgãos estatais na Argentina: o Instituto Nacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (INAFCI) e o Conselho Nacional da Agricultura Familiar.
Durante o pronunciamento, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, anunciou a transformação desses órgãos em um único departamento, reduzindo o quadro de funcionários para 64 pessoas. A medida resultará no corte de 900 postos de trabalho, descritos pelo porta-voz como redundantes, gerando uma economia estimada em 9 bilhões de pesos argentinos (equivalente a R$ 53 milhões).
Adorni enfatizou a necessidade da ação após uma análise dos dados, descrevendo os gastos dos órgãos como excessivos e uma “festa” de despesas públicas. Segundo ele, os institutos contavam com 964 funcionários, 160 delegações, duas sedes e dedicavam 85% do orçamento ao pagamento de salários.
O INAFCI foi estabelecido em novembro de 2022 pelo governo anterior, com o propósito de impulsionar o trabalho de produtores familiares e indígenas, além da pesca artesanal, enquanto o Conselho Nacional era responsável por delinear políticas para esse público-alvo.
Anteriormente, o governo Milei já havia anunciado o fechamento de outros órgãos públicos, como o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), a agência estatal de notícias Telam, e a conversão do Ministério da Mulher em subsecretaria.