Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, à frente de um dos regimes mais brutais do planeta, pode ter morrido na queda de um helicóptero que o transportava, numa área montanhosa no noroeste do país.
Segunda a mídia iraniana, a região é de difícil acesso, e está sob forte neblina e chuva. Oficialmente, o aparelho ainda não foi encontrado e com a chegada da noite, o resgate fica ainda mais difícil.
O acidente aconteceu neste domingo (19). A mídia estatal iraniana trata o caso como um pouso forçado na região de Varzaqa. O mau tempo dificulta a localização do helicóptero e, segundo a imprensa internacional, ainda não houve contato.
Também estavam no helicóptero o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian. “O estimado presidente e a empresa estavam voltando a bordo de alguns helicópteros e um dos helicópteros foi forçado a fazer um pouso forçado devido ao mau tempo e à neblina”, confirmou o ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi.
Autoridades do país pediram que a população reze pelo presidente. A região em que a aeronave caiu fica a cerca de 600 quilômetros da capital Teerã.
Quem é Raisi
Ebrahim Raisi, conhecido como o “carniceiro de Teerã”, ganhou este apelido devido ao seu envolvimento em diversas violações de direitos humanos, particularmente durante a repressão do governo iraniano contra manifestantes e dissidentes.
Raisi foi acusado de ter participado de um comitê que supervisionou a execução de milhares de prisioneiros políticos no final da guerra entre o Irã e o Iraque, em 1988. Aproximadamente 4.500 a 5.000 pessoas foram mortas durante essa campanha de execuções, o que o levou a ser considerado um dos principais responsáveis por essa onda de violência.
Além disso, Raisi também foi acusado de ter participado de violações de direitos humanos contra mulheres e minorias no Irã durante seu mandato como presidente. Suas políticas repressivas e a repressão violenta contra manifestações de protesto contribuíram para o fortalecimento do apelido de “carniceiro de Teerã”.