Durante a sessão que analisa a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu mostrar um vídeo para, segundo ele, comprovar a “materialidade” dos crimes cometidos no 8 de janeiro, “ao invés de falar meia hora”.
A gravação mostro os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército e atos contra a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Moraes, “não há dúvida” da materialidade dos delitos, narrados em sequência pela PGR.
– Isso não é violência?. Ninguém estava passeando – seguiu, indicando que é possível ver pedidos de intervenção militar nas imagens.
O ministro chegou a se referir ao 8 de janeiro como “uma verdadeira guerra campal”.
– Nenhuma bíblia é vista, nenhum batom é visto. Agora, a depredação e o ataque ao patrimônio é visto – acrescentou.
Moraes também alegou que servidores, policiais, foram feridos gravemente.
– É um absurdo pessoas dizerem que não houve agressão [no 8 de janeiro] e consequentemente não houve materialidade – adicionou.
Segundo o ministro, houve uma “tentativa de golpe de estado violentíssimo”, com “incivilidade total” e “violência selvagem”.