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Instituto Ranking tenta censurar artigo do Contribuinte sobre favorecimento de tucanos em pesquisas, mas juiz nem acolhe pedido

A Justiça sequer acolheu pedido feito pelo Instituto Ranking Pesquisas, que tentava tirar do ar reportagem jornalística do Portal O Contribuinte sobre favorecimento de tucanos contra bolsonaristas na reta final das eleições de 2024.

A ação é uma tentativa de censura do Instituto de Pesquisas contra o Portal O Contribuinte. O proprietário do instituto, Antônio José Ueno, pede R$ 40,000 em danos morais ao portal.

No entanto, o juiz de direito F. V. de Andrade Neto sequer acolheu o pedido.

Instituto acusado de fraude beneficia tucanos contra bolsonaristas na reta final das eleições de 2024 (artigo publicado 01/10/2024)

Pesquisas divulgadas nesta semana pelo Instituto Ranking Pesquisa, tentam alavancar na força candidaturas de tucanos que buscam à reeleição em Naviraí, Paranaíba e Sidrolândia. Sem empatia da população, cansada dos anos de gestão ineficiente e denúncias de corrupção, restou ao instituto vender a ilusão de que a população quer a continuidade dos prefeitos do PSDB nestes municípios.

Sem o menor pudor, o instituto divulgou nesta terça-feira, 01, um crescimento ‘mágico’ de 12% da prefeita Rhaiza Matos, que agora está tecnicamente empatada, dentro da margem de erro, com o bolsonarista Rodrigo Sacuno (PL).

Movimento semelhante ocorreu em Sidrolândia com Vanda Camilo (PSDB), que mesmo enfrentando a pressão do Ministério Público Estadual e uma série de escândalos de corrupção em sua administração, subiu nas últimas pesquisas contra o bolsonarista Rodrigo Basso (PL).

A Operação Tromper, que trouxe à tona as denúncias contra a prefeita, tem sido um dos principais desafios da prefeita, que mesmo assim, conforme o instituto, está em uma disputa acirrada com o pecuarista.

Em Paranaíba, o prefeito e candidato à reeleição, Maycol Doido (PSDB), que enfrenta forte oposição do bolsonarista Robson Rezende (PL), espera pelo mesmo desfecho, em pesquisa que será divulgada nesta quarta-feira, 02, em Paranaíba.

Fontes próximas ao atual prefeito e candidato à reeleição revelaram que ele teria contratado o Instituto Ranking Pesquisa – “de confiança dele” -, com a missão clara: entregar o resultado certo. E por “certo”, entenda que o atual prefeito e candidato à reeleição estará liderando as intenções de voto por uma larga margem de votos.

“Ele está tão preocupado com o resultado das urnas, com o crescimento da campanha do outro candidato a prefeito, que decidiu resolver o problema antes mesmo da população votar”, confidenciou um assessor.

O instituto Ranking Pesquisa coleciona processos judiciais justamente por práticas de fraudes eleitorais. O dono do instituto não esconde a preferência pela permanência dos tucanos na prefeitura de boa parte dos municípios do Estado, divulgando, geralmente, pesquisas que demonstram o virtual crescimento ou vitória de candidatos do PSDB.

A cada nova pesquisa divulgada em Naviraí, Sidrolândia, Paranaíba e outros municipios do Estado, por este instituto, surge um questionamento inevitável: os números refletem a vontade do povo ou a vontade de quem paga? Investigado repetidamente por inflar números de candidatos, o instituto em questão coleciona processos na justiça.

A veracidade desta afirmação é facilmente comprovada numa simples pesquisa no site do Tribunal Superior Eleitoral ou numa busca em processos em curso na Justiça. O Instituto Ranking através de um dos sócios, o estatístico Augusto da Silva Rocha, responde a quase 200 processos na Justiça por suspeita de fraude.

Augusto Rocha é investigado por “estelionato eleitoral” e é suspeito de manipular pesquisas eleitorais em vários municípios espalhados pelo país, conforme aponta os processos.

Recordista na supervisão de sondagens eleitorais nas duas últimas eleições, Silva Rocha voltou a ser alvo do Ministério Público Federal em 2022 por fraudes em pesquisas de intenção de voto.

Rocha é investigado por suspeita de manipular levantamentos em diferentes campanhas nos últimos anos. Também enfrenta apurações no Conselho Federal de Estatística. Foi o profissional que liderou o maior número de levantamentos financiados pelos próprios institutos desde 2018 no País. Somente em 2022, tem sob sua responsabilidade 62 trabalhos com essa modalidade de financiamento.