A investigação da Polícia Federal aponta que a organização criminosa PCC tinha olheiros para monitorar a casa do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, além de sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), e filhos.
Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba (PR), segundo agentes. Em São José dos Pinhais (PR), na Grande Curitiba, a PF encontrou um esconderijo, com fundo falso, que seria para guardar objetos e deixar pessoas sob cárcere, como mostrou a CNN.
Segundo a PF, os suspeitos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. O monitoramento também aconteceria em viagens fora do estado.
O ponto inicial da investigação é do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção, e era outro alvo do grupo, tomou ciência do plano e avisou à cúpula da Polícia Federal em Brasília, que designou um delegado para abrir uma investigação.
A partir de então, o senador Sérgio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal, do Senado e da Câmara, como mostrou o analista da CNN Gustavo Uribe.