A capital vive uma crise no sistema de transporte público, que se agravou após a greve realizada pelos funcionários da empresa responsável pelo transporte urbano de passageiros na cidade. A Prefeitura informou que realiza todas as medidas legais e cabíveis no que diz respeito à greve dos funcionários. Entretanto, o órgão municipal segue notificando a empresa sobre a péssima qualidade do serviço prestado na Capital, que não atende às necessidades da população.
O Consórcio Guaicurus é uma entidade privada que é responsável pelo transporte público de Campo Grande desde 2012.
O empresário João Rezende, presidente do Consórcio durante todos esses anos de monopólio, se licenciou do comando da empresa para concorrer ao cargo de deputado federal.
Para iniciar sua caminhada na política, João Rezende escolheu se filiar ao Partido Progressista (PP), o mesmo da ex-ministra e agora pré-candidata ao senado Tereza Cristina.
O PP, hoje comandado pela ex-ministra, é aliado do Tucano Eduardo Riedel, nome escolhido para a sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB.).
Coincidentemente Riedel é o pré-candidato com maior tensão com o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), e com a prefeita Adriane Lopes (Patriotas). Aliados de Riedel passam mais tempo fazendo críticas a Prefeitura Municipal de Campo Grande, que propriamente falando bem do pré-candidato tucano.
Rezende é conhecido por embates com a prefeitura, queria que o valor da tarifa ficasse em R$ 5,50 – valor que penalizaria ainda mais o usuário do transporte público. Agora como pré-candidato defende a gratuidade do serviço para todos os passageiros. O empresário é investigado por suspeita de gestão fraudulenta a frente do Consórcio Guaicurus. No processo MPMS elencou uma série de irregularidades identificadas durante a investigação e que, na visão da Promotoria de Justiça de Campo Grande, são suficientes para condenar o empresário.
Audiência dia 28 pode resultar na anulação do contrato
Marcada para o próximo dia 28 de junho, a audiência de instrução e julgamento será presidida pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1º Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. O julgamento dá início ao desfecho de um processo de investigação iniciado em 2019 pelo MPMS (Ministério Público Estadual) e que chegou no Judiciário em setembro de 2020, em forma de ação civil pública.
No processo, o MPMS elencou uma série de irregularidades identificadas durante a investigação e que, na visão da 30ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, são suficientes para anulação do contrato.