As Forças Armadas de Israel ordenaram que todos os palestinos vivendo na porção norte da Faixa de Gaza devem se retirar da região e ir para sul do território em 24 horas. Com isso, sugere uma provável invasão da região. Ao menos 1,1 milhão de pessoas moram na área indicada.
A ordem partiu do Exército de Israel para aos líderes do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU e do Departamento de Segurança e Proteção em Gaza pouco antes da meia-noite da quinta-feira (12), pelo horário local. Dessa forma, a ONU recebeu a informação de que o marco que dividia o norte do sul era Wadi Gaza.
Assim, a área compreende a Cidade de Gaza, que o exército israelense chamou de “uma área onde ocorrem operações militares” e onde anunciou que “continuará a operar de forma significativa”.
“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, disse em comunicado o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, na madrugada desta sexta-feira (13), pelo horário de Brasília. “A ONU apela veementemente para que qualquer ordem desse tipo, se confirmada, seja revogada, evitando o que poderia transformar a atual tragédia em uma situação calamitosa”.
E continuou: “A mesma ordem foi aplicada a todos os funcionários da ONU e àqueles abrigados em instalações da ONU – incluindo escolas, centros de saúde e clínicas”.
“As Forças de Defesa de Israel pedem a retirada de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas para o sul, para sua própria segurança e proteção, e que se desloquem para a área ao sul de Wadi Gaza, conforme mostrado no mapa. A organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel, e a Cidade de Gaza é uma área onde ocorrem operações militares. Essa evacuação é para sua própria segurança”, descrevia o comunicado.
Reunião do Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança da ONU está programado para realizar uma reunião de emergência na tarde de sexta-feira, em um formato de consulta fechada.
Isso porque o Conselho ainda não emitiu uma declaração oficial sobre o conflito entre Israel e o Hamas porque uma declaração requer a aprovação de todos os 15 membros, e houve divisões sobre a linguagem que condenaria o ataque do Hamas, mas não abordaria as queixas palestinas e o cerco de Gaza.