Com raras exceções, não há adversário na política que não possa, com o passar do tempo, tornar-se um aliado. Na campanha de 2018, o candidato Jair Bolsonaro demonizou o PSDB, partido ao qual se rendeu incondicionalmente em Mato Grosso do Sul. O ex-presidente já pode pedir música no fantástico, pela terceira vez consecutiva frustrou os eleitores de direita se aliando ao PSDB de Reinaldo Azambuja.
Em seus tempos de oposição, ele chamou o PSDB de PT de gravata. Não há animosidade que resista ao pragmatismo dos políticos. Sem qualquer tipo de constrangimento, o ataque desferido hoje dá lugar a um abraço fraternal amanhã. É tudo uma questão de conveniência — ou ou de necessidade.
Após a novela que se tornou as pré-candiaturas do PL, que chegou a somar 6 pré-canditdatos a prefeito pela sigla e a possibilidade de apoio a reeleição de Adriane Lopes (PP), Bolsonaro oficializou o casamento com o PSDB de Eduardo Riedel, Reinaldo Azambuja e Beto Pereira na tarde desta terça-feira,30.
Na ocasião, foi também ficou definido o nome que será companheira de chapa de Beto Pereira, indicado pelo PL, Coronel Neidy, que concorreu como deputada federal pelo PSDB nas eleições de 2022.
A convenção do PL que vai homologar a candidatura da Coronel Neidy como vice-prefeita na chapa de Beto Pereira acontece na próxima sexta-feira, dia 02, na Câmara Municipal de Campo Grande.
Beto apaga críticas a Bolsonaro nas redes sociais
O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), pré-candidato à prefeitura de Campo Grande (MS), apagou de suas redes sociais as ferrenhas críticas que fazia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Beto Pereira, que é considerado um tucano ligado ao Centrão e apoiador de algumas pautas de esquerda, já criticou a conduta Bolsonaro durante a pandemia, além de condenar o “extremismo” e a “polarização” associados ao ex-presidente. O parlamentar também já saiu em defesa da China e pediu a construção de um “centro democrático” no Brasil.
TRE-MS decidirá se Beto Pereira e nomes da lista do Tribunal de Contas ficam inelegíveis
A Justiça Eleitoral é quem vai decidir quais dos nomes da lista divulgada pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), realmente encontram-se inelegíveis e isso só pode acontecer depois que os partidos encaminharem a relação de candidaturas aprovadas nas convenções. O TCE-MS divulgou em uma edição extra do Diário Oficial, na tarde de segunda-feira (22), uma lista de políticos, tanto com quanto sem mandato, que tiveram suas contas reprovadas pelo órgão. O ex-prefeito de Terenos e Presidente Municipal do PSDB em Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), é o nome de destaque da lista.
Ele teve três reprovações de contas referentes ao período em que foi prefeito de Terenos, entre 2005 e 2012. Os processos foram julgados em 2016, 2018 e 2023, e as multas aguardam apreciação dos recursos apresentados por Beto.
A lista é dividida em duas categorias. A primeira, com 18 nomes, refere-se a políticos que tiveram pareceres prévios contrários à aprovação. Ou seja, são processos que ainda não foram finalizados, mas o TCE já identificou irregularidades preliminares. Entre os nomes da primeira lista, destacam-se dois ex-prefeitos de Campo Grande: Alcides Bernal e Gilmar Olarte. Ambos fizeram parte da mesma chapa, sendo Olarte eleito vice de Bernal em 2012. Após a cassação de Bernal, Olarte assumiu a prefeitura por pouco mais de um ano, até ser afastado pela Justiça, o que resultou no retorno de Bernal ao cargo até o fim de 2016.
A segunda parte da lista, consideravelmente maior, inclui processos já transitados em julgado, onde as contas foram julgadas irregulares e houve imputação de débitos (valores a serem devolvidos). Esta seção contém mais de 70 nomes e 100 processos julgados. Muitos dos políticos nesta lista são candidatos a prefeito nas próximas eleições municipais, com alguns nomes de destaque.