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JBS fecha 2023 com prejuízo superior a R$ 1 bi

A JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,061 bilhão em 2023, contra um lucro de R$ 15,5 bilhões em 2022. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 26.

O desempenho da empresa foi pior no quarto trimestre de 2023, com o registro de queda de 96,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 82,6 milhões de reais.

A receita líquida no ano de 2023 foi de R$ 363,8 bilhões, queda de 2,9% ante 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 17,1 bilhões, perda de 50,4%, com margem de 4,7% (queda de 4,5 pontos porcentuais).

Praticamente todas as unidades de negócios da JBS encerraram o ano de 2023 com resultados operacionais inferiores aos registrados em 2022.

Apesar do resultado negativo no ano passado, a companhia prevê melhora para 2024 com ajustes operacionais na Seara, que faz parte do portfólio da empresa. O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, vê, neste ano, um cenário mais favorável.

“Em 2024, vamos inaugurar uma fábrica de proteína bovina cultivada em San Sebastián, na Espanha”, contou. “Também estamos construindo no Brasil o JBS Biotech Innovation Center, um Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em biotecnologia.”

Segundo o CEO, em mensagem enviada aos investidores, a JBS foi afetada, principalmente, pelo ciclo de menor oferta de gado nos Estados Unidos, isso teria elevado custos e comprimido as margens de lucro do grupo.

O executivo reconheceu que tanto a Seara quanto a JBS Beef North America tiveram uma performance abaixo do potencial.

Barrada na Bolsa de Nova York

Com intenção de listar-se na Bolsa de Nova York há mais de uma década, a JBS, maior empresa de proteína do planeta, tem enfrentado resistência do mercado internacional devido aos escândalos de corrupção envolvendo os irmãos Batista.

A rejeição é tanta que foi criado entre os investidores estrangeiros um grupo batizado de Ban the Batistas (Proíbam os Batistas, em tradução livre para o português). O movimento contratou um escritório de lobby em Washington D.C. para atuar contra a empresa.

Parlamentares dos EUA e do Reino Unido também estão empenhando esforços para que o frigorífico brasileiro não seja listado na bolsa.

Atualmente, a companhia tem suas ações negociadas apenas na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.