O juiz Eduardo Appio fez um acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)em que admitiu que teve uma conduta imprópria quando estava no comando da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele sucedeu o ex-juiz Sergio Morona condução da Lava Jato.
O magistrado também concordou em desistir de voltar para a Vara e assim se inscrever em edital para ser transferido para outro local. O
CNJ realizou nesta quarta (18) uma audiência de conciliação entre o magistrado e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Appio foi afastado da 13ª Vara pelo TRF-4 depois da denúncia de que ele telefonou para o filho de um desembargador tribunal fingindo ser por outra pessoa.
O juiz passou então a responder a um processo administrativo.
Inicialmente, os desembargadores do TRF-4 queriam que Appio admitisse que fez o telefonema e fosse removido da Vara de forma compulsória.
No acordo, o juiz apenas admitiu que teve conduta imprópria, sem especificar se ligou ou não para o filho do desembargador. Ele também aceitou desistir da 13ª Vara Federal de Curitiba para onde pretendia voltar. Para permanecer na magistratura, Appio se inscreverá em edital em que pedirá voluntariamente a sua transferência.
No comando da 13ª Vara, Appio iniciou uma série de apurações internas sobre atos do juiz Sergio Morona época daOperação Lava Jato.
Entre outras coisas, ele tentava averiguar o destino de R$ 2 bilhões arrecadados de réus que decidiram colaborar com a Justiça, o paradeiro de obras de arte apreendidas, entre outras coisas.