A Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu, na tarde da última terça-feira (28), pela reintegração ao trabalho da auxiliar de limpeza terceirizada afastada ao denunciar um caso de injúria racial na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Em sua defesa, a auxiliar de limpeza discorreu que está sem remuneração e demais indenizações correspondentes ao tempo que trabalhou na empresa. No texto, alega que perdeu o emprego faltando três anos para sua aposentadoria.
De acordo com os autos, o juiz do trabalho titular da 7ª Vara do Trabalho de Campo Grande, Renato Luiz Miyasato de Faria, acolheu a tutela antecipada que alegou dispensa discriminatória. Além da reintegração, a empresa Guatós Prestadora de Serviços Eireli terá que fazer o pagamento do mesmo salário e benefícios inerentes ao cargo no prazo de cinco dias úteis, sob pena de multa de R$ 30 mil.
O caso aconteceu no dia 20 de outubro. Segundo o boletim de ocorrência, a auxiliar afirma que estava terminando de limpar uma sala de aula quando estudantes do curso de Biologia entraram com alimentos e bebidas. Ela então pontuou que o ambiente deveria continuar limpo, “pois não sou escrava”. Em seguida, um dos estudantes respondeu: “Você foi liberta em 1888 e parou de levar chibatadas”.