A Justiça do Distrito Federal determinou o arquivamento do processo que investigava Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, por supostas irregularidades em um criadouro de aves mantido em sua residência. A decisão também se estende a Amélia Gomes da Silva Torres, mãe de Anderson Torres, que estava igualmente implicada nas acusações de adulteração de anilhas, maus tratos e falsidade ideológica.
Em 2023, uma operação conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) resultou na apreensão de 55 aves do plantel de Torres. Esses animais foram então colocados sob a tutela do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Desde a apreensão, foi registrado o óbito de algumas dessas aves.
O caso ganhou destaque pela participação de espécies como bicudos, canários-da-terra e curiós, que são frequentemente alvo de criadores e colecionadores. No entanto, a defesa de Torres argumentou eficazmente que, durante as fiscalizações realizadas pelo Ibama e pelo Ibram, o ex-ministro encontrava-se detido, impossibilitando-o de estar diretamente envolvido nos cuidados diários com os animais.
O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, corroborou essa versão ao indicar a ausência de provas conclusivas que ligassem Anderson Torres à prática de maus-tratos ou à adulteração das anilhas, um método comumente utilizado para registrar e controlar aves em cativeiro de forma ilegal.
O juiz substituto da 10ª Vara de Justiça Federal acatou as observações do MPF, concluindo que as evidências apresentadas não eram suficientes para estabelecer uma ligação direta entre Torres e os atos ilícitos investigados.