O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apontou uma série de fatores, incluindo o período de Carnaval, a realização de obras e falhas no projeto arquitetônico, como responsáveis pela fuga de dois detentos do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró, vinculados à facção criminosa Comando Vermelho. Lewandowski, que assumiu o cargo recentemente, minimizou a importância dos fugitivos, os classificando como “soldados” da organização criminosa.
Durante uma entrevista coletiva, Lewandowski comparou a fuga dos detentos a um acidente aéreo, sugerindo que múltiplos fatores levaram ao evento. Ele destacou que a proximidade do feriado de Carnaval pode ter deixado as pessoas mais relaxadas, facilitando a ocorrência. Além disso, mencionou que a presença de ferramentas acessíveis aos detentos devido a uma obra em andamento contribuiu para a fuga.
O ministro também apontou uma falha no projeto arquitetônico do presídio, destacando a ausência de uma laje de concreto acima das luminárias das celas. Essa falha permitiu que os detentos rompessem uma luminária e acessassem um fosso de serviço, possibilitando sua saída para a área externa do presídio. Posteriormente, os fugitivos ultrapassaram um tapume de metal e cortaram uma cerca utilizando um alicate para deixar o complexo prisional.
Apesar do incidente, Lewandowski assegurou planos para reforçar a segurança nos presídios federais, prometendo a construção de mais muralhas e a instalação de câmeras de vigilância mais eficientes. No entanto, ele minimizou o papel dos detentos ligados ao Comando Vermelho, sugerindo que eram apenas “soldados” e não lideranças da organização criminosa.
Por fim, o ministro afirmou inicialmente que o governo enfrenta dificuldades para competir com o crime organizado, mas em seguida corrigiu sua declaração, assegurando que o Estado tem capacidade e pretende enfrentar essas estruturas criminosas.