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Lira acusa PF de preferir ações midiáticas e falha ao combater o crime organizado

Durante um evento com líderes empresariais e parlamentares em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacou a necessidade de uma estratégia mais robusta e integrada entre as forças de segurança para enfrentar o crime organizado no Brasil. Lira apontou a Polícia Federal e outras instituições por desviarem o foco para operações de maior visibilidade midiática, em detrimento de ações mais complexas contra o tráfico de armas, drogas e seres humanos.

“A batalha contra os criminosos no país falha em sua eficácia. É preciso uma resposta do Estado que vá além do apelo midiático,” afirmou Lira, ressaltando que “Ninguém quer trocar tiro com bandido; o cara quer ação que dê mídia”.

Lira defendeu a urgência na comunicação e cooperação entre as diversas esferas policiais — Civil, Militar, Federal, Força Nacional e as Forças Armadas — para fortalecer o combate ao crime. Essa declaração ocorreu após o empresário Luis Henrique Guimarães apontar a segurança pública como principal entrave para investimentos no Brasil, mais até do que a reforma tributária ou regulação.

O presidente da Câmara também ressaltou a importância de reformar o Código de Processo Penal e criticou as “saidinhas” prisionais, argumentando que os presídios brasileiros funcionam como “pós-graduações” para criminosos. Citou a recente fuga de detentos da Penitenciária Federal de Mossoró como exemplo da desconexão entre as forças de segurança.

Ao ser questionado pelo Estadão, Lira enfatizou que sua posição visa a promover uma ofensiva mais assertiva contra as facções criminosas e o tráfico, desafiando a facilidade de operações contra alvos menos resistivos. Levantou, ainda, a discussão sobre quem deve combater o tráfico de drogas e monitorar as fronteiras, além de reiterar a necessidade de uma integração eficaz entre as polícias no território nacional.